CUIDADO EM SALVADOR – Recentemente um vídeo circulou na internet onde uma turista estava na Capital baiana e disse que havia sido vítima de ambulantes que ofereceram, segundo ela, cortesias e depois coagiram a mesma a comprar seus produtos. Assim, vamos falar sobre o tema.
É possível que isso tenha acontecido? É claro que é possível, até porque choveram relatos nos comentários de pessoas alegando que sofreram do mesmo tipo de abordagem em Salvador.
Nosso ponto é que atitudes como essa não podem ser motivo para estigmatizarmos uma cidade ou um local. Culturalmente esses ambulantes de Salvador oferecem fitinhas do Senhor do Bonfim para um “amigo” como forma de chamar atenção dos turistas e talvez o fazerem lembrar do vendedor quando for escolher de quem comprar uma lembrancinha.
Já aconteceu comigo? Sim.
Nas primeiras vezes que estive em Salvador quando ainda adolescente. Inclusive meu “novo amigo” me seguiu de longe pelas do Pelourinho sempre me dando um “tchauzinho” para que eu não o esquecesse. Para o azar do meu antigo “local best friend forever” eu estava mesmo quebrado e não comprei nada, nem dele e nem de ninguém. Das outras vezes, já conhecendo a abordagem, já não deixei amarrarem nada no meu braço.
HÁBITO COMUM EM TODO MUNDO
Oferecer alguma cortesia ou ficar puxando papo e insistindo com o turista por atenção não é exclusividade dos ambulantes de Salvador. Por muitas cidades Brasil e Mundo afora essa prática é comum, como os cantores no Nordeste que chegam cantando e fazendo rimas para os casais e depois “cobram” pelo serviço.
Outro exemplo marcante é dos turcos vendedores do Grand Bazar que oferecem suas balas e doces como cortesia logo na entrada do estabelecimento e depois tentam de toda forma vender seus produtos (sem violência, mas também se passando por melhor amigo) inclusive com palavras em Português.
Vendedores de pequenas Torres Eiffel, paus de selfie, super-heróis na Times Square em New York e etc etc. Definitivamente a Bahia não inventou essa forma de “fazer amigos”.
Não há problema em aceitar pequenas amostras ou cortesias, mas tenha noção do que é amostra e do que é o serviço que está sendo oferecido. Cantar um trecho de uma música pode ser uma amostra. O violeiro passar 10 minutos com o casal cantando junto músicas famosas já me parece um serviço sendo prestado. Vale o bom senso.
RECOMENDAÇÕES – O QUE FAZER?
Seja gentil, agradeça, diga um sonoro “NÃO OBRIGADO” e siga seu caminho. Caso o assédio ultrapasse os limites peça ajuda. Procure a guarda municipal ou a polícia local ou entre em um estabelecimento comercial caso não ache ajuda tão próxima. Essas recomendações valem para SALVADOR, PARIS, MILÃO ou LONDRES.
O que não podemos é achar que problemas com turistas seja exclusividade tupiniquim ou baiana. Ou seja, “CUIDADO EM SALVAOR” mas CUIDADO também no mundo todo. Boa viagem.