A Travessia Marins x Itaguaré é uma das mais desafiadoras e belas do Brasil, atravessando a crista da Serra da Mantiqueira entre os estados de São Paulo e Minas Gerais.
Neste post, vou contar como foi a minha experiência nesse trekking técnico e selvagem, que exige preparo físico, equipamento adequado e muita disposição.
O que é a Travessia Marins x Itaguaré?
A Travessia Marins x Itaguaré é um percurso de cerca de 14 km que liga dois dos picos mais altos da Serra da Mantiqueira: o Pico dos Marins (2.422 m) e o Pico do Itaguaré (2.308 m).
O trajeto é feito em três dias, com duas noites de acampamento selvagem, e passa por trechos de escalaminhada, mata fechada, campos de altitude e pedras enormes.
A travessia é considerada de nível difícil, pois envolve subidas e descidas íngremes, exposição ao sol, vento e frio, navegação por bússola e GPS, e carregamento de todo o material necessário para a aventura.
Como chegar ao ponto de partida da Travessia Marins x Itaguaré?
O ponto de partida da Travessia Marins x Itaguaré é o Rancho dos Marins, uma propriedade particular que fica na cidade de Piquete, no interior de São Paulo.
Para chegar lá, é preciso pegar a rodovia BR-459, que liga a Via Dutra ao Sul de Minas, e seguir até um posto de combustível na altura do km 42. Nesse posto, há uma placa indicando a entrada para a Fazenda Saiqui, à direita.
Depois de passar pela fazenda, são mais 17 km de estrada de terra até o Rancho dos Marins, onde é possível deixar o carro e contratar o transporte das mochilas até o Morro do Careca (1.638 m), que é o último ponto acessível por veículo. Esse transporte custa R$ 50 por mochila e facilita bastante o primeiro dia de caminhada.
Como é o primeiro dia da Travessia Marins x Itaguaré?
O primeiro dia da Travessia Marins x Itaguaré começa no Morro do Careca, onde as mochilas são entregues pela Kombi que faz o transporte.
De lá, são cerca de 4 km até a base do Pico dos Marins, passando por uma trilha bem demarcada e com alguns trechos de subida. A base do Marins é um platô com algumas clareiras para acampar e uma fonte de água.
Quem quiser pode deixar a mochila na base e subir até o cume do Marins, que fica a mais 1 km de distância, mas com um desnível de quase 500 m.
A subida ao Marins é bem puxada e exige escalada em alguns pontos, mas a vista lá de cima compensa o esforço.
É possível ver o Vale do Paraíba, a Serra Fina, o Pico do Itaguaré e até o Pico das Agulhas Negras em dias claros. A descida é feita pelo mesmo caminho até a base, onde se monta o acampamento para passar a noite.
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